Silva Jardim – Rua

Bairro:

Vila Moraes

Data:

16/03/1940

Valor:

Documento: 48 decreto-lei

Mapa de Localização:

Dados Técnicos:

Nome Atual:
Silva Jardim – Rua
Bairro
Vila Moraes
Documento
48 decreto-lei
Data: 16/03/1940
Iniciativa: Prefeito

Homenageado(a):

Nome:
Antônio da Silva Jardim
Data de Nascimento: 1860
Local de Nascimento: Capivari-SP
Data de Falecimento: 1891
local de Falecimento: Nápole-Itália
Profissão: Bacharel em Direito

Histórico:

Por Itamar Rabelo de Souza

Antônio da Silva Jardim nasceu em Capivari (SP), em 1860 e morreu em Nápoles (Itália) em 1891. Portanto, décadas antes de Ourinhos nascer.

Silva Jardim estudou Direito em São Paulo, era ativista do abolicionismo e republicano. Candidatou-se Congresso Nacional, no Rio de Janeiro, mas foi derrotado. Chegou até a propor um modelo de bandeira para o Brasil, que tinha as cores preto, vermelho e branco, tendo na faixa vermelha, um brasão com escudo verde, ladeado por um ramo de café e um de cana-de-açúcar, tendo ao centro um globo armilar sobrepondo-se a uma âncora em branco, e sobre o escudo um barrete frígio.

Após ser derrotado nas eleições para o congresso, Silva Jardim decidiu viajar. sua última parada foi Nápoles, na Itália, onde morreu. A causa da sua morte é incerta. A tese mais aceita é a de que numa expedição ao vulcão Vesúvio, uma fenda se abriu nas proximidades da cratera e ele foi tragado. Há relatos da época, que confirmam essa tese, mas com variações, embora prevaleça a da abertura da fenda que o engoliu.

 

Uma rua longa, cujo nome é fácil de guardar. Já foi veia de trânsito de caminhões pesados, que transportavam os mais diversos tipos de cargas: derivados de petróleo, carvão, cana-de-açúcar, café, madeira. isso, devido à facilidade que oferece, para se atravessar a cidade no sentido transversal, longe do centro, e dar acesso à Rodovia Raposo Tavares, passando por baixo dos trilhos da ferrovia.

Nos tempos em que não havia asfalto, a rua era de terra batida, vermelha, poeirenta, que nos dias de chuva se transformava num verdadeiro calvário paras os caminhoneiros, que acabavam enroscados nas suas beiradas com seus caminhões, necessitando de tratores para serem retirados. E o que ficava depois eram verdadeiras piscinas lamacentas, onde moleques brincavam sem noção do perigo que aquilo representava. Nessa época ainda, a rua não passava por baixo dos trilhos, como ocorre atualmente, mas por cima, numa passagem de nível elevada e perigosa.

A Rua Silva Jardim nasce à margem do antigo depósito de combustíveis da Shell e daquele ponto atravessa a cidade em sentido oeste-leste, até cruzar a ferrovia e morrer na Raposo Tavares. Seu traçado deve ter sido elaborado entre o final dos anos de 1940 e começo dos anos de 1950 e ela tem em seu histórico, o caso do violento acidente envolvendo uma composição mista da Sorocabana (ou já seria Fepasa?) e um caminhão carregado de derivado de petróleo em 1948, que resultou um grande incêndio que consumiu o caminhão e toda a composição. No rescaldo desse acidente, foi encontrada intacta, a imagem de Nossa Senhora Aparecida, que anos mais tarde, passou a ser venerada como Nossa Senhora Aparecida do Vagão Queimado. Até à década de 1980, quando finalmente se construiu um pontilhão para facilitar o trânsito sob a ferrovia, ainda havia abaixo do barranco, o tanque retorcido do caminhão e um ou dois pedaços da caldeira da locomotiva.

Pois bem. Mas, afinal, quem foi esse Silva Jardim, que a cidade escolheu para dar nome a uma rua tão importante? E o que ele fez para Ourinhos, que o fizesse merecer essa honra?

Absolutamente nada. A possibilidade mais plausível é de que a cidade decidiu homenageá-lo, por ter sido militante do abolicionismo e da república. e só.

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