Sérgio Nunes – Concha Acústica
Bairro:
Praça Miguel Mofarrej – Praça Caló
Data:
03/08/2011
Valor:
Documento: 5.669 lei
Dados Técnicos:
| Nome Atual: | Sérgio Nunes – Concha Acústica |
| Bairro | Praça Miguel Mofarrej – Praça Caló |
| Documento | 5.669 lei |
| Data: | 03/08/2011 |
| Iniciativa: | Edvaldo Lúcio Abel - Vadinho |
Homenageado(a):
| Nome: | Sérgio Nunes |
| Data de Nascimento: | 10/10/1948 |
| Local de Nascimento: | Ourinhos |
| Data de Falecimento: | 2008 |
| Profissão: | Artista |
Histórico:
Sérgio Nunes Faria nasceu em 10 de outubro de 1948, em Ourinhos, mas na adolescência estudou no seminário de Santa Cruz do Rio Pardo. A vida de Sérgio Nunes Faria está diretamente ligada à cultura ourinhense desde o começo dos anos sessenta. Nessa época ele já realizava suas primeiras peças teatrais com amigos no quintal de sua casa. Em seguida sua paixão foi crescendo, assim como seus projetos artísticos, formando grupos teatrais que realizaram vários trabalhos na cidade. Até fundaram um teatro, O “Teatro da Beira”, onde ele e seu grupo apresentaram várias peças.
No final dos anos 60 Sérgio foi embora da cidade, pois sua inquietude necessitava de novos conhecimentos. Em Assis, foi figura fundamental na evolução cultural da cidade. Estudou Filosofia na ILPHA – Instituto de Letras, História e Psicologia de Assis. Não satisfeito em ser apenas mais um estudante, Sérgio Nunes acumulou os seguintes cargos na universidade: Diretor Artístico (1975/1976); Diretor do Circo (1975/1976); Professor de Artes Circenses (1977). Também nessa época, esteve à frente do Grupo Experimental da FAFIA e do Teatro Amador da Vila Operária (TAVO) de Assis.
Ainda neste ano, em 1977, Sérgio foi para São Paulo realizar outros projetos. Estudou Artes Dramáticas na USP - São Paulo/ SP, sem concluir o curso. Estudou na Academia Piolim de Artes Circenses, no Pacaembu, entre os anos de 1977 e 1978. Trabalhou com os professores Roger Savalla, Zoraide Savalla, José Wilson Ferreira, Abelardo Pinto Filho, Gibi e Estécita Tangará na instalação da Academia Piolim de Artes Circenses.
No ano de 1978, assessorou a edição do Livro “Picadeiro” de Dirce Militelo. Durante esse período, Sérgio viajou por vários lugares no País e participou do Projeto Rondon, que levava estudantes universitários ao Amazonas, onde aprendeu artesanato e os costumes indígenas. Ao longo de sua vida, usou essa experiência na cenografia do teatro e em suas decorações.
Em seguida, Sérgio voltou para Assis (SP), onde fundou o SEMEARTE (Setor Municipal do Ensino de Arte – Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal de Assis), entre os anos de 1985 e 1987. Teve importância fundamental no desenvolvimento dos desfiles das escolas de samba de Assis durante o carnaval, sendo o primeiro carnavalesco da Escola de Samba Unidos da Vila Operária, fundada em 10 de outubro de 1978.
Coordenou o setor de Cultura de Assis, onde ficou de 1982 a 1987, onde foi responsável pela restauração do Teatro Amador da Vila Operária (TAVO), em Assis, que formou vários grupos na cidade. Ocupou por dois anos o cargo de Diretor de Cultura da Fundação Assisense de Cultura, além de atuar como repórter no Jornal A Voz da Terra. Nessa mesma época, entre 1987 e 1988, também foi professor de Artes Circenses do Projeto Futuro, na Usina de Maracaí / SP.
Em 1993, Sérgio volta a Ourinhos, contratado pela Secretaria Municipal de Cultura e Turismo. Nessa época, exerceu o cargo de Chefe das Oficinas Culturais. Nesse mesmo ano forma o Grupo Teatral Soarte, grupo de teatro em atividade até hoje, e que desde o seu início faz um trabalho de formação de público na cidade de Ourinhos, que influenciou a classe artística da cidade e recebeu dezenas de prêmios importantes, em nível estadual e nacional.
Idealizou e criou a Coordenadoria Artística do Projeto “Circo da Cultura Popular”, que tirava crianças carentes das ruas para aprenderem arte circense e teatro. Desde que retornou a Ourinhos, Sérgio revolucionou a cultura da cidade, realizando espetáculos que uniam as áreas artísticas, teatro, dança, música e artes plásticas. Produziu shows carnavalescos como o “Relembrando os Antigos Carnavais”, além de incentivar as escolas de samba existentes na época a realizar os desfiles carnavalescos. Criou várias exposições, pois as artes plásticas também era uma das suas paixões. Presépios, instalações, decorações de natal, festa do folclore, festa junina, tudo era motivo para mais uma exposição. Também dirigiu a abertura dos jogos regionais.
Preocupado com a preservação da memória, fez documentários com depoimentos dos músicos mais antigos da cidade e também com os ourinhenses que lutaram na revolução constitucionalista de 1932, quando trabalhou na revitalização do Museu Histórico e Pedagógico de Ourinhos. Esteve envolvido na realização do Centro Cultural Tom Jobim, que hoje abriga a Escola Municipal de Bailado e a Escola Municipal de Música, assim como foi parceiro e mentor do Espaço Cultural Alternativo, Núcleo de Arte Popular, Centro de Convivência Jornalista Benedito da Silva Eloy, Oficinas Culturais, entre outros importantes projetos que marcaram a vida cultural da cidade.
Desde 1993, quando retornou a Ourinhos, até 2008, ano do seu falecimento, Sérgio Nunes foi figura fundamental no desenvolvimento da cultura ourinhense. Envolvido em todos os eventos culturais na cidade, incentivou as artes e oficinas na periferia, dava ideias aos profissionais de todas as áreas artísticas. Era um apaixonado por todas as artes e exercia esse ofício com uma entrega sem medida.